FORMAÇÃO DAS CAMADAS/HORIZONTES DOS SOLOS:
Segundo LEPSCH (2002), através do intemperismo as rochas se transformam em um material friável no qual surgem as plantas, cujos restos vão se decompondo e formando húmus. As argilas também se formam, simultaneamente com esses processos, e as águas que infiltram no terreno podem arrastá-las, fazendo com que se desloquem de uma profundidade para outra. Deste modo, pouco a pouco, sob a ação de um conjunto de fenômenos biológicos físicos e químicos, o solo começa a formar-se, organizando-se em camadas de aspecto e constitução diferentes, aproximadamente paralelas à superfície, que são denominadas horizontes. O conjunto de horizontes, num corte vertical que vai da superfície até o material que deu origem ao solo, é o perfil do solo.
O PERFIL DO SOLO:
Seção vertical que, partindo da superfície, aprofunda-se até o contato lítico ou rocha intemperizada, mostrando uma série de subseções dispostas paralelamente à superfície do terreno, chamadas de horizontes pedogenéticos que possuem atributos morfológicos resultantes dos efeitos combinados dos processos de formação do solo. Em suma, a sucessão vertical desses horizontes constitui o perfil de um solo.
HORIZONTES E CAMADAS
1. HORIZONTES: subseções do perfil do solo, aproximadamente paralelas a superfície do solo, que apresentam características morfológicas e atributos físicos, químicos e mineralógicos suficientemente distintos para individualizá-las segundo critérios morfogenéticos. Vale dizer que quando bem desenvolvido, o solo possui quatro horizontes principais (O, A e B) e um horizonte que compreende a alterita (C).
De acordo com TEIXEIRA et al (2009), os horizontes mais superficiais do perfil, por conterem quantidades maiores de matéria orgânica, apresentam uma tonalidade mais escura, enquanto os horizontes mais inferiores, mais ricos em argilominerais e óxi-hidróxidos de ferro e de alumínio, são mais claros (regiões temperadas) ou mais avermelhados e amarelados (em regiões tropicais).
O número de horizontes e as especificidades diagnósticas destes, variam de acordo com os diferentes tipos de solo.
2. CAMADA: é distintivo para uma seção do solo que se diferencia das demais em seus atributos morfológicos em função das características do material herdado em contraposição aos horizontes que se diferenciam em função dos processos pedogenéticos.
TIPOS DE HORIZONTES ou CAMADAS:
Fonte: EMBRAPA, 2008
O: horizonte ou camada orgânica superficial: detritos vegetais e substâncias húmicas acumuladas na superfície em ambientes bem drenados;
H: horizonte ou camada orgânica, superficial ou não: acumulação de resíduos vegetais depositados sob condições de baixa aeração e saturação de água;
A: horizonte mineral superficial adjacente à camada O ou H: atividade biológica e aporte de matéria orgânica, o que confere coloração escurecida (melanização).
Existem diferentes tipos de horizontes A: A Chernozêmico; A Proeminente; A Húmico; A Moderado; A Antrópico; A Fraco;
E: horizonte mineral: resultante de intenso processo de perda (eluviação) de argila, compostos de ferro e alumínio ou matéria orgânica subjacente ao horizonte A;
B: horizonte mineral subjacente aos horizonte A ou E: horizonte de maior desenvolvimento pedogenético com maior concentração de compostos de ferro e argilo-minerais e menor quantidade de matéria orgânica do que o horizonte A;
C: horizonte mineral com material inconsolidado: pouco afetado por processos pedogenéticos e com características morfológicas herdadas do material parental;
R: camada mineral de material consolidado, que constitui substrato rochoso contínuo ou praticamente contínuo;
TRANSIÇÃO ENTRE HORIZONTES:
A transição entre horizontes refere-se à faixa de transição na separação entre os horizontes. É caracterizada observando-se o seu contraste e topografia.
Contraste: diz respeito à espessura da faixa de transição. Pode ser classificada em:
- abrupta (2,5 cm);
- clara (2,5 a 7,5 cm);
- gradual (7,5 a 12,5 cm);
- difusa (acima de 12,5 cm);
(LEMOS e SANTOS , 1984).
Mariana Lorenzo
Referências Bibliográficas:
– TEIXEIRA, Wilson. FAIRCHILD, Thomas Rich. TOLEDO, M. Cristina Motta de. TAIOLI, Fabio. Decifrando a Terra – 2a edição. Companhia Editora Nacional. São Paulo. 2009.
– LEPSCH, Igo F. Formação e Conservação Dos Solos. Ofina de Textos. São Paulo. 2002.
o que é alterita???
São os produtos do intemperismo, que é rocha alterada, também chamada de alterita ou saprolito. Veja em Intemperismo e Pedogênese.
Qual é a importância do Solum ?
Solum significa solo em portugues e tem a função de sustentação e de fornecer nutrientes as plantas!
é sem duvidas um artigo de extrema importancia principalmente para os estudantes universitarios vai ai um grande abraço do tamanho da andrómeda
Nossa, ótimo artigo! Bastante esclarecedor, principalmente pra mim que confundo muuito essa parte da geografia física. Me ajudou bastante.
como posso relacionar os horizontes com a idade do solo?
Olá, Luca! Quanto mais antigo o horizonte, mais embaixo ele estará. Quanto mais recente ele é, mais superficial ele estará. Portanto, o horizonte “O” é o de formação mais recente, pois é o mais superficial, depois vem a A, B, C, como está ilustrado nas figuras do post. Espero tê-lo ajudado.
bastante rica esta informação,,,é de agradecer ao site
Qual a real diferença entre o h e o O
Bom dia e quanto aos horizontes dos solos como e que posso caracteriza los morfologicamnete?
Poxa,poderia me dizer qual a diferença entre os horizontes de um solo maduro,se puder muito obrigado!
Eu não li muito bem por isso quero sua ajuda!